Em uma pequena vila cercada por montanhas e florestas mágicas, vivia um menino chamado Lucas. Ele era curioso como nenhum outro, com olhos que brilhavam como a luz da lua e um sorriso que iluminava qualquer dia nublado. Lucas adorava ouvir histórias de sua avó, Dona Ana, que sempre falava sobre o céu estrelado e os mistérios que ele escondia.
Uma noite, enquanto as estrelas brilhavam intensamente, Lucas percebeu algo estranho: uma estrela estava faltando no céu. Ele correu para a varanda, apontou para o céu e perguntou:
— Vovó, por que aquela estrela desapareceu?
Dona Ana, com seus olhos sábios, olhou para o céu e sorriu.
— Ah, meu querido, essa é a Estrela Perdida. Dizem que ela se esconde quando está triste.
— Triste? Por quê? — perguntou Lucas, intrigado.
— Ninguém sabe ao certo, mas dizem que quem encontrar a Estrela Perdida poderá fazer um pedido e realizar o desejo mais profundo de seu coração.
Aquilo ficou na cabeça de Lucas. Ele decidiu que precisava encontrar a Estrela Perdida, não só para fazer um pedido, mas para alegrá-la novamente.
A Partida
Na manhã seguinte, Lucas preparou uma mochila com pão, queijo, uma lanterna e seu cobertor favorito. Ele sabia que sua jornada seria longa, mas estava determinado. Com um mapa improvisado desenhado em uma folha de caderno, ele se despediu de sua avó.
— Vou trazer a estrela de volta, vovó! — prometeu ele.
Dona Ana riu e deu um beijo em sua testa.
— Vá com cuidado, meu pequeno aventureiro. E lembre-se: às vezes, a resposta está mais perto do que pensamos.
A Floresta Encantada
Lucas entrou na floresta, onde as árvores eram tão altas que pareciam tocar o céu. Os pássaros cantavam melodias doces, e pequenos vagalumes iluminavam o caminho. No entanto, não demorou muito para ele encontrar o primeiro desafio.
Um rio largo e profundo bloqueava seu caminho. Lucas olhou ao redor e viu um sapo grande sentado em uma pedra. O sapo tinha uma expressão sábia e disse:
— Se quer atravessar, responda ao meu enigma: o que brilha, mas não pode ser tocado?
Lucas pensou por um momento e respondeu:
— A luz das estrelas!
O sapo deu um salto e sorriu.
— Muito bem, pequeno viajante. Pode passar.
Uma ponte mágica apareceu, e Lucas atravessou com cuidado.
O Vale dos Ventos
Depois da floresta, Lucas chegou ao Vale dos Ventos, onde o ar era tão forte que quase o derrubou. Lá, ele encontrou um pássaro dourado preso em uma gaiola de galhos.
— Por favor, me ajude! — pediu o pássaro. — Em troca, posso guiá-lo até a Estrela Perdida.
Lucas, com seu coração bondoso, usou sua lanterna para cortar os galhos. O pássaro, livre, bateu as asas brilhantes e agradeceu:
— Suba nas minhas costas!
Lucas hesitou, mas logo aceitou. O pássaro voou alto, acima das montanhas, e finalmente pousou em uma clareira iluminada por uma luz misteriosa.
O Encontro com a Estrela
No centro da clareira, Lucas viu algo incrível: uma estrela pequena, mas brilhante, descansando em uma pedra. Ela parecia triste, sua luz piscando fracamente.
— Você é a Estrela Perdida? — perguntou Lucas.
— Sim — respondeu a estrela, com uma voz suave como o vento. — Estou triste porque as pessoas não olham mais para o céu. Elas esqueceram a beleza e os sonhos que as estrelas representam.
Lucas se aproximou, com os olhos cheios de compaixão.
— Eu nunca parei de olhar para o céu. Você é importante, mesmo que algumas pessoas não vejam isso.
A estrela piscou mais forte, emocionada com as palavras de Lucas.
— Obrigada, pequeno. Você me lembrou do meu valor.
O Desejo
— Agora — continuou a estrela —, você pode fazer um pedido.
Lucas pensou por um momento e disse:
— Quero que todos na minha vila voltem a acreditar na magia do céu estrelado.
A estrela brilhou intensamente e disse:
— Seu desejo será realizado. E como forma de agradecimento, deixarei algo especial para você.
De repente, Lucas sentiu algo em sua mão: um pequeno pingente em forma de estrela.
— Use isso para nunca se esquecer do que encontrou aqui — disse a estrela antes de subir novamente ao céu.
O Retorno
Quando Lucas voltou para a vila, algo mágico aconteceu. Todas as noites, as estrelas brilhavam mais fortes, e as pessoas começaram a sair de suas casas para admirar o céu. Lucas contava sua aventura para todos, e ninguém duvidava de sua história.
Quanto ao pingente, Lucas o usava todos os dias, lembrando-se da Estrela Perdida e do poder dos sonhos. Ele aprendeu que, às vezes, tudo o que alguém precisa é de um pouco de esperança e bondade.
E assim, Lucas cresceu, mas nunca deixou de olhar para o céu, sabendo que as estrelas sempre guardam segredos e aventuras esperando para serem descobertos.
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