Em uma floresta verdejante e distante, vivia uma raposa astuta chamada Fifi. Conhecida por sua inteligência, Fifi frequentemente enganava outros animais para conseguir comida. No entanto, havia um animal que sempre escapava de suas armadilhas inteligentes: o sábio galo Galito.
Com suas penas vibrantes e sua voz profunda, Galito não era apenas admirado pelos outros animais, mas também invejado por Fifi, que ansiava por superá-lo.
Certa manhã ensolarada, enquanto Galito cantava do alto de uma árvore, Fifi decidiu que aquele seria o dia em que finalmente o capturaria. Aproximando-se da árvore com um sorriso amigável, ela chamou: “Galito, meu caro amigo! Você canta tão lindamente todas as manhãs. Toda a floresta te adora! Por que não desce e compartilha sua sabedoria comigo? Tenho um lindo presente esperando por você.”
Mas Galito conhecia bem a reputação de Fifi. Ele inclinou a cabeça e respondeu: “Ah, Fifi, eu adoraria, mas preciso ficar aqui para terminar minha canção para o Rei da Floresta. Ele chegará em breve para me recompensar.”
Surpresa, Fifi hesitou. “O Rei da Floresta? Por que eu não sabia disso?” Ela pensou por um momento e então disse: “Galito, se você me deixar chegar mais perto, talvez eu possa ajudá-lo a se preparar para a chegada do rei. Eu poderia até ficar ao seu lado quando você receber a sua recompensa.”
Mas Galito não era tão facilmente enganado. Ele respondeu: “Obrigado, Fifi, mas o Rei só me recompensará se eu ficar aqui sozinho e cantar até ele chegar.”
Fifi, impaciente e desesperada para capturá-lo, tentou outra estratégia. “Oh, Galito, como você é esperto! Mas tenho uma ideia ainda melhor: posso fazer companhia ao Rei enquanto você termina de cantar. Assim, ele verá que sou sua amiga e talvez nos recompense juntos.”
Galito, percebendo as intenções de Fifi, sorriu calmamente e disse: “Fifi, por que você não se senta e escuta? O Rei da Floresta valoriza a paciência e a sabedoria. Quem sabe, se você aprender a esperar, ele também te recompense.”
A raposa, sem outra escolha, sentou-se debaixo da árvore. Ela esperou e esperou, mas o Rei nunca apareceu. Com o passar das horas, Fifi percebeu que havia sido enganada por Galito. Ele, por sua vez, continuou a cantar e a observar a floresta de sua posição segura.
Fifi, envergonhada, levantou-se e foi embora, sabendo que nunca conseguiria superar a sabedoria do galo. E Galito, mais uma vez, provou que a astúcia sem sabedoria nunca prevalece.
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