Era uma vez, em um vilarejo tranquilo, uma menina chamada Sofia. Ela tinha 7 anos e adorava ouvir histórias antes de dormir. Sua avó, Dona Clara, era a contadora de histórias da família, e sempre que a noite caía, as duas se sentavam ao pé da cama de Sofia, com o som suave do vento e o brilho das estrelas como companhia.
“Hoje vou contar uma história especial”, disse Dona Clara, com sua voz doce e cheia de mistério. “É sobre escolhas, bondade e o que realmente importa na vida.”
Sofia ajeitou os travesseiros, animada. “Estou pronta, vovó!”
O Primeiro Conto: O Tesouro do Camponês
“Há muito tempo”, começou Dona Clara, “havia um camponês chamado Pedro que trabalhava muito para sustentar sua família. Um dia, enquanto cavava o campo, encontrou um baú antigo enterrado. Dentro, havia moedas de ouro que brilhavam mais do que o sol.”
Sofia arregalou os olhos. “Ele ficou rico?”
“Ah, ele pensou nisso”, continuou Dona Clara. “Mas, ao voltar para casa, percebeu que o baú pertencia ao vizinho, que havia perdido suas economias anos atrás em uma enchente.”
Pedro enfrentou um dilema: deveria ficar com o ouro e resolver seus próprios problemas ou devolvê-lo ao vizinho?
Depois de pensar muito, Pedro decidiu devolver o baú. Quando entregou o tesouro, o vizinho chorou de alegria e agradeceu profundamente. Dias depois, o rei da região soube da história de honestidade de Pedro e o recompensou com terras férteis e um saco de ouro, muito maior que o do baú.
Sofia sorriu. “Então, ser honesto vale a pena?”
“Sim, minha querida”, respondeu Dona Clara. “A honestidade sempre traz algo bom, mesmo que demore.”
O Segundo Conto: A Tartaruga e o Passarinho
“Agora, vamos para o segundo conto”, disse Dona Clara. “Este é sobre uma tartaruga chamada Tita e um passarinho chamado Pippo.”
Tita era uma tartaruga que adorava desenhar. Ela passava horas criando desenhos incríveis na areia da praia. Mas, por ser lenta, muitas vezes perdia a chance de mostrar sua arte antes que as ondas apagassem tudo.
Pippo, um passarinho animado, sempre zombava dela. “Você nunca será rápida o suficiente para terminar antes das ondas!”
Tita ficava triste, mas nunca desistia. Um dia, enquanto Pippo voava sobre o mar, uma tempestade repentina começou. Ele não conseguia encontrar o caminho de volta para a praia e ficou com muito medo.
Tita percebeu o que estava acontecendo e, com calma, começou a desenhar setas na areia para guiar Pippo de volta. Quando ele finalmente pousou em segurança, percebeu o quanto havia sido injusto com Tita.
“Desculpe por ter rido de você”, disse Pippo. “Você me salvou com sua paciência e talento.”
Sofia aplaudiu. “Que esperta essa tartaruga!”
“Sim, minha querida. A moral é que cada um tem seu talento, e não devemos subestimar ninguém.”
O Terceiro Conto: O Jardim da Bondade
“O último conto de hoje”, disse Dona Clara, “é sobre uma menina chamada Ana e um jardim muito especial.”
Ana era conhecida na aldeia por ser generosa. Ela compartilhava tudo o que tinha: frutas, flores, até seu tempo. Um dia, uma fada apareceu no jardim de Ana e disse: “Porque você é tão bondosa, vou lhe dar um presente. Cada vez que você ajudar alguém, este jardim crescerá mais bonito.”
No início, Ana não acreditou, mas continuou ajudando como sempre fazia. Aos poucos, o jardim começou a florescer de uma forma mágica. Flores de todas as cores cresciam, e árvores davam frutos doces.
Mas havia um menino chamado Bruno que era invejoso. Ele achava que podia fazer o mesmo sem ser bondoso. Ele tentou roubar frutas do jardim, mas elas murchavam em suas mãos.
“Por que não funciona comigo?”, perguntou Bruno, frustrado.
“A bondade verdadeira vem do coração”, explicou Ana. “Quando você faz algo bom esperando uma recompensa, não é a mesma coisa.”
Com o tempo, Bruno aprendeu a importância de ser bondoso sem esperar nada em troca, e o jardim passou a florescer também para ele.
Sofia suspirou, encantada. “Eu quero ter um jardim assim, vovó!”
“Você já tem, minha querida. Ele está dentro de você. Cada vez que você é bondosa, uma flor invisível cresce no seu coração.”
Reflexões Antes de Dormir
Depois de ouvir os três contos, Sofia estava com os olhos brilhando. “Vovó, eu quero ser como Pedro, Tita e Ana. Quero ser honesta, paciente e bondosa.”
“E você pode, minha pequena”, disse Dona Clara, beijando a testa da neta. “Esses contos são lembretes de que nossas escolhas constroem quem somos. Agora, durma bem e sonhe com jardins, tartarugas e baús de tesouros.”
Sofia fechou os olhos com um sorriso no rosto, pronta para fazer do mundo um lugar mais bonito com suas ações.
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Radhe é o autor de História Infantil, onde cria histórias curtas e encantadoras para crianças, perfeitas para a hora de dormir. Com imagens vibrantes e áudios narrados, Radhe traz à vida contos cheios de imaginação, amizade e aventuras. Ele acredita no poder das histórias para ensinar e inspirar, criando um mundo mágico onde as crianças podem sonhar e aprender.
Radhe – Transformando sonhos em histórias inesquecíveis.